segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Negligências.

Negligenciar o sofrimento alheio é a pior coisa que se pode fazer.
Mesmo que tu não possa FAZER nada em relação a isso, tente. Mesmo que a pessoa não admita...
Pelo amor de Deus, TENTE. Converse, fale, anime, tire de casa, ou apareça em tal casa.
As opções são inúmeras e totalmente realizáveis. Além do mais, quem sofre, jamais esquecerá o cuidado e o afeto recebido.
Não custa nada fazer alguém se sentir melhor. Não custa nada ajudar alguém que PRECISA de ajuda.
E é totalmente prazeroso saber que foi você, quem colaborou para uma melhora e mudou o dia de alguém.
Portanto, não ignore quem precisa de afeto, não finja que não viu ou leu nada, ou que não se importa. Você pode sim, ser útil na felicidade de alguém.

Tô cansada de ser negligenciada. Tô cansada de pessoas falsas que só me precisam quando querem. Tô cansada de passar fins de semana em casa, chorando.
Sério. Depois ninguém entende porque eu odeio tanto essa cidade.
Sempre fui furacão. Agitada, enfurecida, uma explosão.
Nunca neguei. Acontece que quem nasce furacão não consegue se conter e ser garoa. Ou brisa.
Eu não consigo me deter e ser algo que não sou. Claro que às vezes eu sou chuva calma, mas porque PRECISO, não porque quero.
Para mim, não faz sentido esconder meu lado de fúria, o furacão. Por medo ou receio. Porque tem gente que sim, se detém por dentro. Eu não.
Não preciso disso. Garoa não molha e brisa não leva nada embora. Eu gosto da drasticidade, da bagunça, do desarranjo.
E que não me venha uma garoa mandando eu ser menos.. Logo a tempestade vira furacão e salve-se quem puder.
Pessoas contidas raramente fazem grandes histórias ou criam grandes feitos. E eu não quero ser assim, não vou ser assim.
E se não quiser me aguentar, que se proteja. Não vou ser garoa nem brisa porque não me suportam.
Cansei de me domar por motivos insuficientes e pessoas desnecessárias.
Agora, só me freio para não me destruir.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

huge (and meaningful) words.

“Todos tem segredos dentro de si
mas ela os esconde dentro de um mar de lágrimas profundo.
certa vez me disseram que só eu poderia encontrar minha paz,
e me disseram que sou dono de mim mesmo.
não há nada em meu interior que eu não possa curar,
e não há ninguém que possa saber o que se passa aqui dentro.
mas sempre soube também que a vida nos toca intensamente,
seja pro bem ou pro mal. eu sei, já estive nesse mar também...
um toque e tudo desmorona, bem em cima de nós.
mas eu sei que você pode nadar e encontrar seu cais,
sei da força que tens pra se sagrar vencedora,
pra mostrar pra quem duvida que és dona de si mesma.
aquele mesmo espelho que você tem medo de olhar,
ele sorri ao te ver, pois sabe que não há beleza mais pura
que a do coração... e por mais que teus reflexos ainda
não sejam bom aos teus olhos, eu sei o quanto brilham os
meus ao te ver.
todos tem segredos dentro de si....
mas poucos sabem o quanto são fortes apenas por
ainda poder estar aqui à respirar.
e eu sei que você é uma das fortes, sei que sua felicidade virá.
e que ninguém ouse dizer o que não sabe sobre você,
pois nunca escutarás o que só vem pra fazer mal...
não há ninguém que possa te conhecer tão bem como você mesma,
não há ninguém além de você que possa encontrar sua cura.
está tudo dentro de você, as lágrimas, o passado, a nostalgia e as derrotas.
mas sempre lá no fundo, onde menos se espera, estará sua vitória,
sua paz, e sua calma... basta acreditar. basta se libertar.
pois estive lá também, de frente comigo mesmo, batalhando por meus sonhos,
e me sagrando o vencedor.”

Ganhei do Vitor e amei. Lindo. Lindo.
E chorei litros, claro. Muito obrigada, vitinho hahah ♥

sábado, 3 de dezembro de 2011

Utopias.

Ligações inesperadas e um convite pra sair. Sábados alcoólicos. Turma grande de amigos. Roda de violão, fogueira e vinho.
Fins de semana cansativos. Voltar a pé pra casa às três da manhã. Despedidas inesperadas.
Saltos nas mãos. Pequenas e grandes loucuras. Noite com as amigas. Filminho, pijamas e cobertas.
Casacos alheios. Copos pela metade. E histórias sem fim.

domingo, 23 de outubro de 2011

new blog.

http://havealiittlefaithinme.blogspot.com/

enjoy it.

sábado, 24 de setembro de 2011

saturday.

Hoje tá doendo de novo. A dor tá sambando aqui dentro e tá doendo fundo. Tá machucando. Mais uma vez... E não pretende parar.. Mas, no fundo mesmo eu só queria que alguém dissesse ‘Vem, corre aqui! Não demora não. Eu te espero, te dou a mão. Deixe-me enxugar essas lágrimas que insistem em cair. Não tenha medo não, por favor... Eu to aqui. Te quero aqui também. Suba no primeiro ônibus, desembarque na primeira esquina. Mas vem! Vem por favor. Prometo que te cuido. Que te abraço. Prometo que tentarei entender o fundamento de toda essa dor que te consome internamente. Dessa dor que leva esse teu sorriso lindo embora. Que avermelha esses teus grandes olhos castanhos. Vou tentar! Vou procurar até encontrar o ponto que mais te dói. E vou curando aos poucos. Tem vinho, tem café. Tem amor. Juro pra você, pode vir. Te receberei de casa aberta, coração também. Vem, vem. Não demora não. Vem que tem cobertas, conversas, risadas gostosas. Miojo de janta. Vem viver um pouco dessa utopia. Pode voltar amanhã, mas falta tanto tempo ainda.. Então vem hoje, vem logo. Vem que eu te busco, que eu te encontro. Vem, vem, vem. Eu quero te ajudar e quero que você me ajude, quero que você me diga o que pensa, como você sempre faz... Quero que sorria, que olhe com desaprovação meus gestos e palavras que não te agradam. Eu te quero aqui. Vem! Deixa eu mudar esse seu humor, essa sua carinha triste. Deixa eu pegar papel higiênico pra você soar esse nariz trancado de tanto choro sem fundamento. Deixa? Por favor... Vem, vem logo, pequena. Vem que dá tempo! Coloca duas mudas de roupa na mochila e corre. Não custa nada. 5 reais, no máximo. Corre! Quanto mais cedo você chegar, melhor. Temos tanto o que falar... Então não se demore. Por favor. Estarei na varanda, olhando quando você dobrar na esquina. E correrei até você, mesmo que não consiga. E vou fazer você sorrir, sorrir... E esquecer por algum tempo essa dor que te corrói. Basta você vir...’

Nota: lágrimas em excesso e um copo de Coca-Cola, do qual me arrependerei antes da metade.

domingo, 14 de agosto de 2011

second sunday



Hoje é dia dos pais e eu particularmente, por um milhão de motivos, nunca odiei uma data comemorativa como odeio essa. Primeiro porque eu tenho um pai que não merece nem ser chamado assim e porque comemorar é a última coisa que eu quero nesse domingo.
Enfim, não gosto de falar sobre esse assunto então vamos ao que interessa.

Hoje (por ser dia dos pais e bla bla bla) teve almoço na casa dos meus avós e a família estava reduzida porque um dos meus tios estava internado em outra cidade. E por mais egoísta que soe, foi tão bom.
Eu amo tanto essa parte da minha família que estava sentada à mesa hoje. Sinto-me bem, sou natural. Nossa ligação é tão forte, tão simples. O laço é tão visível. E eu admiro muito isso.
Éramos seis. Minha mãe, eu, minha vó e vô e meus dois tios mais novos. Os quais são meus preferidos.
Esse da foto é um deles. E hoje com todos esses pensamentos voltados aos homens, me peguei lembrando de que sim, você, tio Jaime, foi o mais próximo de pai que eu tive.
A minha memória mais antiga sobre você é de quando morávamos no Tocantins e você cuidava de mim à noite. Como eu poderia esquecer? Tinha apenas 4/5 anos.
Lembro-me das noites quentes, você me balançando na rede e me fazendo comer, porque naquela época, era algo que eu não gostava. Lembro de como você me ensinou pequenas e importantes coisas como dobrar lençóis, secar louça e obedecer. Lembro de quando você brincava comigo, me ajudava com as tarefas, e me vestia pra ir pra escola.
De quando você me levava pra passear e ia me mostrando as coisas, e me ensinando os nomes, as direções, os caminhos. Ensinando-me como cortar a carne, como segurar os talheres e utilizar o guardanapo.
Lembro de como você gostava de cuidar de mim, e do quanto eu gostava de ficar com você. E a primeira coisa que SEMPRE vem em minha mente quando eu penso em tudo que você fez por mim, foi o dia em que você me deu banho, lavou meu cabelo e no final disse “Amandinha, hoje você vai aprender a se secar sozinha, ok?” E foi me ensinando passo a passo, primeiro as costas, os braços, os dedinhos dos pés, os ouvidos... E toda vez que eu me pego repetindo os teus gestos, que eu nunca esqueci, eu percebo o quão importante você foi – e é – na minha vida.
Lembro também, que você foi a primeira pessoa a notar que tinha algo errado com a minha visão, pois eu sempre sentava muito perto da TV; que você não me deixava assistir até tarde. Então minha mãe me levou no médico e sim, como sempre você estava certo... E passou muito tempo me zuando pelo meu par de óculos azuis.
E quando você me colocava pra dormir? E dizia que eu precisava ir pra cama porque se minha mãe chegasse e eu ainda estivesse em pé, ela brigaria com nós dois... E como eu adorava deitar contigo na rede e você vivia me enchendo de cócegas e eu ria até cansar...
Mas não deu muito certo você ficar lá conosco, né? Seu lugar não era ali. Nem o nosso. Mas a gente durou cinco anos, não onze meses. Mas depois que você foi embora, nada foi do mesmo jeito. Eu sempre senti tanto a sua falta. E nunca te disse isso, não é mesmo? Mas eu ainda vou te dizer, prometo.
E nunca agradeci por você ter sido tão bom comigo. Por ter me protegido, me cuidado. Por realmente ter sido meu pai nesse quase um ano em que você morou conosco em Palmas.
Eu realmente não tenho palavras pra te agradecer. Você foi e é, um dos meus maiores presentes, exemplos e orgulhos. Feliz dia dois pais, meu pseudo pai. Te amo muito e te desejo tudo de melhor, você merece, Gordinho.